segunda-feira, 13 de julho de 2009

Last chapter de uma noite de edições...

Há praticamente um mês atrás, tivemos nossa primeira aula de Internet como Ferramenta Educacional.

Visto que a Internet como ferramenta de comunicação é um dos meios mais acessíveis e socializáveis da atualidade, criamos nesta turma alguns questionamentos sobre o uso desta ferramenta dentro do âmbito educacional.

Por meio da socialização de experiências da turma, constatamos um fato curioso: BOA PARTE DA SALA NÃO POSSUIA E-MAIL ATÉ ENTÃO.

Ora, obviamente você leitor deve estar a questionar-se: "Se a aula se trata desta ferramenta central como eixo evolutivo e, inclusive de avaliação, como pode esta realidade ser fator primo dentro de um curso de especialização?"

A resposta é simples: FALHA! Falha nossa caro colega, falha nossa. É o fracasso escolar batendo á nossa porta e nos dando as boas vindas.

"- Opa camarada, mas falha nossa?! Como assim? Isto é uma calúnia! EU NÃO TIVE NADA A VER COM ISSO! Onde estava eu quando isso aconteceu? Veja bem, hoje em dia é cada um no seu quadrado!".

Justamente, cada um no seu e Deus no de todos! Onde estávamos nós educadores no dia que a tecnologia se instalou nas escolas, nos nossos lares, na nossa sociedade? Eu sei que eu estava "lá". Estávamos todos lá, acompanhando os modismos da era moderna, nos deslumbrando com o faciop, entrando na internet, aprendendo a passo a passo sair do COMAND/DIR e acessar o "DEFINA AQUI O SEU STATUS", "DEIXE AQUI O SEU SCRAP", "DEIXAR MENSAGEM OFF LINE PARA ESTE CONTATO?" e batendo o "ctrl+c, ctrl+v".

Veja bem, localize a trajetória sócio-política de nosso país, na qual a educação tem se equilibrado na linha do tempo de 40/50 anos atras até hoje. Não que eu queira afirmar que apenas em países de primeiro mundo ou mesmo menos corruptos a educação se faz eficaz, de qualidade e imediatista. No entanto, convenhamos que o uso da tecnologia tomou um rumo em nossa realidade verde e amarela muito aquém do esperado pelo saudoso e visionário Bill Gates. Ele não sabia que somos brasileiros e não desistimos nunca!

A nação do futebol passou por processos direcionados exlusivamente a cifrões e piedade estrangeira. Nossa geração foi educada por projetos político-pedagógicos que priorizavam a quota de dólares destinados a um placar mísero de IDH e de emergência social, e não de formação profissional que elevasse o país no ranking mundial. Por fim passamos a entitular-nos Geração Coca-Cola, "quando nascemos fomos programados, a receber o que vocês nos empurraram como os enlatados dos USA, das 09:00 ás 06:00...".

E hoje estamos aí, com escolas ainda conteudistas, fragmentadas e com profissionais que no mundo digital estão sendo atropelados pelo excesso de informações, pela dificuldade com a própria formação, ou pela formação distanciada - literalmente de tudo e de todos - que cresce assustadoramente, e que ainda que somam e subtraem maçãs, laranjas e pirulitos enquanto nossos educandos já criam comunidades e posts comentando e exibindo filmagens de nossos métodos de ensino.

Nossos alunos estão 20 passos á frente da ferramenta, e nós educadores seguimos apoiados na seguridade da vantagem de cinco anos de graduação na licenciatura (e veja bem que agora com pós em informática, e tem até certificado com ensino presencial!), preocupados em atingir o IDEB para que nossa unidade de ensino não seja taxada pelo baixo índice que "sujou" a imagem do município, ou então fugindo do stress navegando na nossa lista de atualizações recentes do orkut.

Percebamos colegas que nossa evolução se faz necessária, urgente, ela até ruge - porque o que urge: O TEMPO, este não nos dá mais brechas ou perdões para o que o espelho criado sobre nossa profissão se quebre e crie uma imagem melhorada do que realmente somos, do ponto em que partimos, e de onde realmente estamos correndo para alcançar esta geração de feras na tecnologia que, na escola ainda "beabábam" o alfabeto e em casa criam e modificam á seu gosto a realidade virtual.
Justificar
Mas fiquem tranquilos leitores, nesta mesma data da discussão todos os integrantes do curso cogitado cadastraram-se no mundo virtual, e desta data adiante participam ativamente do mundo da computação nas nuvens.

E que este escrito seja aceito como um convite á um upgrade e não como uma crítica mortífera a esta esfera sem camada, nem ozônio! Caso contrário parem o mundo porque eu quero descer...

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